Quem está com a
verdade não pode dar ouvidos à mentira, mas a ela se sobrepor.
Salomão e as duas mulheres
Então, a mulher cujo
filho era o vivo falou ao rei (porque o amor materno se aguçou por seu filho) e
disse: Ah! Senhor meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o mateis. Porém,
a outra dizia: Nem meu nem teu; seja dividido.
Primeiro Livro dos
Reis, cap. 3:26
Então, vieram duas mulheres,
Diante do rei,
E, ele, por sua vez,
Passou a julgá-las.
Uma contava
Do modo que queria
O que acontecia.
A outra mais compenetrada,
Pois com a razão estava.
As duas tiveram filhos,
Mas um morrera;
Isto as constrangera
Irem à presença de Salomão
Que resolvia qualquer questão.
“Disse-lhe uma das duas:
Ah! Senhor meu,
Eu e esta mulher
Moramos no mesma casa,
Onde dei à luz um filho”.
No terceiro dia,
Depois do meu parto,
Ela teve de fato
Também um menino.
De noite o filho dela morreu;
E ela à meia noite,
Enquanto eu dormia
Tirou-me a criança que vivia
E botou do meu lado
A criança morta.
O rei escutou sem afetação
De ambas a narração
E disse:
Dividamos o menino
Em duas partes
Para satisfação das partes.
Mas um grito ressoou;
Pois a verdadeira mãe optou
Pelo seu filho vivo.
E o rei Salomão
Mandou entregar então,
O filho à verdadeira mãe.
Salomão julga a causa das duas mulheres
Obra Prima de Nicolas Poussin.
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