Se o afortunado teme os pedintes, é
porque intimamente sabe que está usando o que lhes pertencem por Direito Divino.
E quando menos esperar lhe será arrancada das mãos a fortuna.
Que frieza!
42 Porque tive fome, e não me destes de
comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 sendo forasteiro,
não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso,
não fostes ver-me.
Evangelho de JESUS
segundo Mateus, cap. 25:42 e 43.
Que tristeza!
Pessoas com casas de
campo,
Em maior parte do
tempo fechadas,
E crianças esfaimadas,
Rondando à sua volta.
Que riqueza fajuta,
Rico que não se ajusta,
Numa Sociedade Justa!
Isto é uma zombaria,
Com a família,
Onde velhos, jovens, adultos,
E até mesmo a criança,
Não possuem a
Esperança,
Do abrigo de um Lar.
Que frieza!
Pegar um carro
importado,
E dirigir de vidro fechado,
Para não ver os
pedintes.
Que distração!
Como pode alguém,
Dizer-se afortunado,
Se a miséria campeia,
Com os famigerados,
Por todos os lados?
Como pode,
Uma pessoa ser esnobe,
E considerar-se feliz,
Quando debaixo do seu
nariz;
Na calçada,
Na estrada,
Em folhas de papelão,
Como único colchão,
Pessoas repousam?
Que riqueza esquisita!
É uma maneira muita
fraca,
De desprezar a massa,
No desprezo de si
mesma;
Porque com farta mesa,
Muitas vezes não
consegue comer,
Com uma úlcera a doer,
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